domingo, 11 de dezembro de 2011

Cine Sócio Educativo Ambiental








Hoje, 11 de dezembro, estréia no sítio Refazenda o projeto CESA (cine educativo sócio ambiental). O projeto visa a exibição de filmes infantis, vídeos ecológicos relacionados à permacultura, agricultura e Bioconstrução, debates sobre os temas das exibições, oficinas de stop motion para criançada, distribuição de pipocas feitos no milho orgânico temperadas com sal marinho e manteiga do seu Jesus. O projeto inicia com 12 sessões semanais para o publico infantil e paralelo a isso palestras e vídeos sobre agricultura orgânica e biodinâmica para produtores da região. Se você leu isso já é convidado a participar quando quiser e compartilhar no facebook é claro.

Realização do Instituto Refazenda com parceria do Projeto Animar (www.projetoanimar.blogspot.com): Agradecimentos especiais a Daniel Bendelak, Louise Pontes, Fernando Paraense, Maira Normando e Samir Raonir.

Primeira sessão do cinema: Domingo dia 12 de dezembro as 18h00min. Em baixo das mangueiras sagradas do Sítio Refazenda.

Filme: Meu amigo Totoro do diretor Hayao miyazaki.

domingo, 11 de setembro de 2011

Oficina de Stop Motion, na I Semana do Audiovisual (SEDA) em Belém

A oficina pretende questionar a técnica Stop-motion e utilizá-la para produções de curtas-metragem, tendo como foco roteiro e edição, além de uma abordagem histórica sobre o que já foi produzido em animação com a mesma técnica. Pretende utilizar tecnologias móveis como celulares com câmeras, e de softwares livres.

Local de encontro: Auditório da Reitoria – UFPA
Data: 13 a 16 de setembro
Hora: 9 às 12h
Oficineiras: Luah Sampaio e Luana Beatriz



Mais informações sobre o Seda, acesse http://www.garfoefaca.net/seda/

sábado, 3 de setembro de 2011

Mostra Animar 2011


Foto do Filme "Muragens", dir. Andrei Miralha


No dia 28 de outubro é comemorado o dia internacional da Animação, o Projeto Animar em 2010 decidiu comemorar esta data realizando uma Mostra que durou cinco dias. Na qual foram exibidos diferentes filmes de animação, de diferentes técnicas.
A Mostra desse ano, pretende discuti a animação brasileira, principalmente a produzida aqui no estado. Por este motivo, iniciamos uma pesquisa mais profunda e precisamos da ajuda de todos vocês.
Pedimos que produtores, animadores, cineastas ou nenhum desses tipos, que tenham feito algum filme de animação, de qualquer técnica/duração/narrativa, e que se interessem em participar da mostra, nos envie o material por email.
Material:
1 - Vídeo: os videos poderão ser enviados em arquivos por email, ou postados em algum site de compartilhamento de vídeo.
2 - Release: Uma pequena sinopse do filme.
3 - Créditos: Nomes das pessoas que participaram do processo.

Email: projetoanimar@yahoo.com.br

tel: 3224-0945 / 87143559
       Luah              Luana

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mary and Max



Ando conversando muito, ultimamente, sobre a Loucura. O que seria? Portadores? Doentes? Dispensados, não utilizáveis?
Andando pela cidade em um domingo, (cidade: Rock'n'roll) pensamos em quanto àquele visual era tão desnecessário. 12h00minh na capital do estado, calor de quase 40º, asfalto com cara de areia movediça que vai te afundar queimar como larvas de vulcão, a salvação: Calçadas, com caras de nada, sem cor e sem vida, carros com disposição nenhum pouco agradável para a vista, sem falar em outros tipos de concepções políticas e ideológicas malucas que com certeza polulavam na cabeça  daqueles que nos acompanhavam pelas ruas.
No começo desse dia de perguntas apareceu nas minhas vistas uma daquelas obras que te fazem mesmo ficar perguntador. Uma animação desanimada, triste, dolorosa, e sem tantas cores, mas, com personagens que te deixavam curiosos e próximos, como se nos conhecêssemos desde criança, eu Mary e Max.
 “Mary And Max” filme do diretor Adam Elliot de 2009. Ele se utiliza de umas das técnicas que mais me encantam nesse fantástico mundo, Stop Motion. O que se consegue fazer em relação a movimentos é maravilhoso, a falta de verossimilhança não suave, mas, chamativa. Expressões caricatas e completamente "imaginativas". Max em seu caderninho de expressões nos mostra claramente isso.Fazer um drama, dos mais densos que já vi com essa técnica fez alguma diferença que ainda não entendo de fato, essa que meu corpo sentiu claramente, mas que não se diz em palavras, talvez o ritmo...
Voltando a toda essa loucura percebo essa técnica como a mais contestadora em relação ao  ‘Statuos quo’, o normal. Assim como os loucos, o personagem  Max Jerry Horowitz, 44 anos, morador da cidade de Nova York, representa no filme todas essas angustias que nos jogam "verboevisualrrágicamente".
Porque cargas d'água eu sou o diferente? Devo permanecer quieto, calado, porque o "normal" já está posto. "Ah sim, claro, vocês os sem alma, não sentem dor, tomam razão e acham que é assim, o sistema funciona assim e no final vai continuar tudo do mesmo jeito. Moral da onde essa????"
Como diria em outros papos,  a genialidade não está naquilo onde todos apontam. Relações entre seres humanos! Sensibilidade para travar esta que é a mais difícil das tarefas é o que prova a genialidade dos homens. E assim, Mary quis ouvir Max, divididos por padrões de cores, unidos por padrões de gostos, bonequinhos de massinha que encantam gordinhos e com formatos engraçados jogam verdades e coisas que não podem ser ditas da maneira mais suave que nem percebes, no final, quando já engoliste aquilo tudo, só sente passando pelos canais da digestão.
Foram 1:30h de muitos detalhes, detalhes no desenho e na animação minuciosa e perfeita, detalhes de fotografia, iluminação, imaginação,dores, políticas, amores e paixões... Filme daqueles que se grita: Muito Bom!Crianças e loucos os verdadeiros reais, os que morrem e sentem? Aqueles que têm alma e  não estão buscando a cura como todos nós, estão apenas vivendo, felizes, em mundos muito mais "normais".






Luah Sampaio

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Oficina de Stop Motion, na I Mostra Artística do Temístocles Araújo



No dia 21 de junho de 2011, realizamos uma oficina de Stopmotion no colégio Temístocles Araujo, na sua I Mostra Artística, com alunos do Projovem.
"A I Mostra Artística da Escola Estadual Temístocles Araújo teve como objetivo geral promover o acesso às artes visuais e suas várias interfaces por meio de várias oficinas artísticas. A ideia central era trabalhar novas metodologias e propostas pedagógicas em arte-educação. As oficinas ministradas, por alunos da graduação em Artes Visuais, durante a I Mostra foram: Stop Motion, Pincel de Luz, Desenho Livre, Stencil, Brinquedos Ópticos e Stickens Adesivos. Este projeto irá percorrer várias outras escolas estaduais do Pará e visa estabelecer uma proposta interdisciplinar e democrática quanto ao acesso à cultura visual." Luana Lobato - Organizadora do Evento.


A atividade exibiu alguns curtas de stopmotion e trocou informações e percepções. Ela resultou em dois vídeos realizados pelos participantes:

Venha para o Projovem! e O Homem do Lago

Cada projeto carrega suas peculiaridades no decorrer da execução.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

História, estética e experimentação





           Em setembro de 2010, Luah Sanpaio e Luana Beatriz ministraram a Oficina de Animação - História, estética e experimentação no Encontro Nacional dos Estudantes de Artes, em Ouro Preto. A proposta da oficina era discutir a linguagem da animação usando como instrumentos os filmes que pontuam sua(s) história(s) e a manipulação da técnica, apontando novas perspectivas de percepção da animação.
          Os participantes produziram curtas flipbooks e curtas de Stopmotion, interagindo com o espaço da cidade ou objetos do encontro.






















Confira um dos vídeo realizado na oficina:


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Crítica da revista cinética para obra-prima Ponyo- Uma amizade que veio do Mar

Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar (Gake no ue no Ponyo), de Hayao Myiazaki (Japão, 2008)por Fábio Andrade


De volta
Aqueles que só conhecem o trabalho mais recente de Hayao Myiazaki podem ficar um tanto desorientados diante de Ponyo. Não há resquício, aqui, do acento épico de filmes como A Viagem de ChihiroA Princesa Mononoke ou mesmo do clássico Nausicaä. Embora todos os seus filmes sejam marcados por uma liberdade de pensamento nada adulta, em Ponyo Miyiazaki retoma o interesse exclusivo sobre o universo infantil. Sim, Ponyo é um filme para crianças, e o é com uma dedicação exclusiva ausente em seu trabalho desde a obra-prima Meu Vizinho Totoro, de 1988.


Não deixa de ser curioso que, após duas décadas explorando o hibridismo fantástico de seus filmes mais maduros (fantástico que, em Meu Vizinho Totoro, ganhava base naturalista ao ser claramente estabelecido como fruto de imaginação de duas meninas), Myiazaki sinta a necessidade de se voltar tão direta e conscientemente às crianças novamente. Curioso pois, embora elas claramente estivessem em sua mente o tempo todo, seu status mudara com o tempo: com o sucesso mundial de A Viagem de Chihiro, Myiazaki se tornou um dos mais celebrados realizadores em atividade, fincando os pés fortemente no terreno dos festivais e no radar de interesse de qualquer cinéfilo minimamente sensível. Ponyo é um filme de correção de rota – algo ainda mais expressivo pela presença marcante do mar e do universo náutico em todo o filme – não só para o próprio Myiazaki, mas também para o que o cinema para crianças (em especial o de animação) teria se tornado.
Tal correção, em primeiro lugar, é uma questão de traço. Enquanto a animação em 3D de Pixar e cia se empenha cada vez mais no aprimoramento de sua potência mimética,Ponyo traz um Myiazaki de mão soberbamente solta. Embora o diretor seja talvez o mais famoso defensor da animação à mão em todo o mundo, seu traço sempre foi de enorme precisão. Em Ponyo, porém, os desenhos ganham uma fluidez inédita em sua obra, trocando as cores brilhantes e bem definidas de A Viagem de Chihiro por uma palidez extremamente harmônica, mais próxima de um trabalho em aquarela. O mar – se comparado ao rio em computação gráfica de A Viagem de Chihiro – ganha uma opacidade surpreendente, por vezes tornando-se de fato uma criatura viva, autônoma e una.
Essa opacidade é essencial, e é por ela que Myiazaki chega à característica central dePonyo: profundidade. Pois há todo um jogo entre opacidade e profundidade, no filme, que não diz respeito somente à composição visual, mas também às operações de sentido que lhe interessam. O mar, mesmo que visualmente opaco e impenetrável, é de uma riqueza acachapante de tons, brilhos e formas de vida. Tudo que parece intransponível – ou, se quisermos fazer um comentário metalinguístico, tudo que existe em 2D – esconde enorme profundidade, e é justamente nessa surpresa que o cinema se faz: algo que sabemos ser duro, finito e chapado como uma parede, mas é capaz de se desdobrar em formas e dimensões que, na impecabilidade ilusionista do próprio truque, são fisicamente impossíveis. O cinema em 3D é apenas a revelação ostensiva de uma operação de falseamento que já é realizada plenamente no 2D – da qual os óculos se fazem o ápice da perversidade barroca.
É interessante que, com essas particularidades, Ponyo se revele o verdadeiro anti-Shrek – como se a obsessão da animação computadorizada com a profundidade de um nariz ou de uma barriga saliente fosse a testemunha do descaso à profundidade que realmente interessa: a do universo ficcional. Ponyo declara isso fazendo aquilo que só a animação pode fazer sem cortes: mostrar o exato momento em que um ser altera sua condição, transformando-se de peixe em menina em um único e contínuo plano. É essa a questão essencial (que, inclusive, existe também em Procurando Nemo e Ratatouille) para uma arte que realmente se quer formadora, pois ela reafirma o poder da própria arte. Enquanto diversos filmes infantis se limitam a reproduzir e transmitir para as crianças de forma indolor um status quo já estabelecido (Os IncríveisShrek), Ponyo indica justamente a possibilidade de cada indivíduo de transformar radicalmente sua condição, com os ganhos e sacrifícios inerentes ao processo. Para isso, basta haver algo para se amar, dedicada e incondicionalmente, do outro lado.
Agosto de 2010editoria@revistacinetica.com.br


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Critica copiada na integra da revista digital, sobre cinema, cinética.
http://www.revistacinetica.com.br/ponyo.htm